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REDE MANCHETE VENDIDA: UMA SOLUÇÃO PARA OS FUNCIONÁRIOS, MUITAS SAUDADES PARA O PÚBLICO
Pareceu o fim de um pesadelo o término da reunião realizada no último dia 16/05 entre o grupo Bloch e a Tv ômega, onde ficou resolvida a venda da Rede Manchete de Televisão. O grande drama sofrido pelos funcionários, devido à falta dos pagamentos desde meados de agosto de 1998, parece ter acabado. A emissora foi vendida para o empresário Amilcare Dallewwo, dono da produtora independente Tv Ômega e um dos sócios da Teletv, empresa que explorou durante muito tempo os serviços 0900 na TV. Amilcare disse que além da dívida com o governo, assumiu a dívida dos empregados, e os ativos da rede, ou seja, a concessão do canal com cinco emissoras pelo país, mas sem incluir a parte de equipamentos e prédios. Disse que o somatório das dívidas chega a R$308 milhões, e que terá ainda que investir cerca de R$100 milhões em equipamentos e novas instalações, tendo em vista que só poderá ocupar a sede atual na Zona Sul carioca, durante noventa dias.
O DRAMA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES
A crise que a Rede sofreu no último ano, atingiu principalimente aos funcionários. Desde agosto que ninguém via a cor do dinheiro. Tudo começou com a redução de investimentos dos anunciantes. Isso ocorreu, principalmente, pelo lançamento da novela Mandacaru que não repetiu o sucesso de público e faturamento conquistados pela sua antecessora Xica da Silva. A situação piorou com o investimento evacuado feito em Brida. A novela não registrou o mínimo de cinco pontos, e foi tirada do ar pelo meio. A partir daí foi uma reação em cadeia: desacreditados, estrelas saem da casa vão rumo às outras emissoras, como o caso de Márcia Peltier e Raul Gil; a produção de programas foi cessando aos poucos e funcionários entraram em greve. Durante esse período a emissora perdeu várias emissoras afiliadas, principalmente para a Rede Record em sua fase de expansão. Para complicar a situação, o grupo IBF moveu uma ação em Março de 1998 exigindo a posse da emissora, o que a impedia de ser vendida. Foram tentadas soluções rápidas, como a reprise do fenômeno Pantanal e uma parceria com o Grupo Renascer, que não foi considerada legal pela justiça. Em maio deste ano, saiu a limnar, dando posse da rede aos Bloch, podendo assim serem retomadas as negociações da venda da emissora.
EMISSORA NÃO FOI TOTALMENTE VENDIDA
Segundo afirmou o próprio Amilcare, a Tv Ômega assumiu somente a parte dos ativos. Os equipamentos foram vendidos a bancos e outras instituições. Além disso, não foi inclusa na venda a produtora de programas Bloch Som e Imagem, criada em 1996 como artifício para o caso de a emissora ser embargada pela Justiça. A produtora que, teoricamente, produziu Xica da Silva e outros programas, conta ainda com o complexo de Água Grande e continua sob a custódia dos Bloch. Uma das decisões tomadas por Pedro Jack Kapeler, presidente das empresas Bloch, é que a produtora voltará a fabricar programas em breve.
PRIMEIROS PASSOS DA NOVA EMISSORA
Segundo afirmou, a decisão inicial de Amilcare é intensificar o jornalismo. Segundo Amilcare, o objetivo principal da emissora está no faturamento. Ele disse que a partir de Agosto, o público já poderá sentir uma mudança radical. O empresário contratou uma empresa especializada para escolher o nome novo da rede e já tratou de tirar do ar todos os logotipos e vinhetas relacionados à Rede Manchete. Inclusive o Jornal da Manchete provisoriamente passou a se chamar Primeira Edição. A emissora ainda está na fase de 60 dias de transição, período esse que o Ministério das Comunicações tem para fazer toda a mudança da concessão do canal.
MUDANÇAS E PERSPECTIVAS
Mudanças já podem ser percebidas. O jornalismo voltou a produzir reportagens para o Primeira Edição que voltou a ter uma hora de duração. A reexibição do Se liga Brasil, apresentado por Carlos Chagas, e o destaque para as tranmissões dos jogos de Tênis também são visíveis. Inclusive, a idéia da nova direção é continuar dando ênfase para as trasnmissões de Tênis. Amilcare afirma que a produção de Jornalísticos, shows e filmes voltará já em agosto, mas a produção de novelas fica pra mais tarde, devido aos altos custos de produção.
Para o público fica a saudade de uma emissora que se despede, e a esperança de uma nova rede. Sucessos que ninguém esquece como Dona Beija e Pantanal, o lançamento de novas caras como Xuxa e Angélica, o destaque para transmissões do carnaval carioca, e principalmente, o excelente e detalhado jornalismo que a emissora sempre fez, são esperanças que nos restam hoje. Basta saber se o espaço deixado pela Rede Manchete será bem preenchido.
Brasília - O número de inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais uma vez bate recorde. No próximo dia 31, 4.004.715 candidatos participam da 11ª edição. No ano passado, 3,5 milhões se inscreveram para a prova.
Segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, o maior número de candidatos está concentrado no Sudeste: 1.887.779. O Nordeste teve 1.017.634 inscritos, seguido pelo Sul, com 484.948; o Centro-Oeste, com 324.704 inscritos e o Norte, com 289.360.
O balanço final de inscritos e participantes só será divulgado pelo instituto no fim do ano. Entre os estados, São Paulo é o campeão de inscritos, com 1.052.031 estudantes. Roraima concentra o menor número de candidatos: 10.959.
O número de concorrentes por estado pode ser consultado no site do Inep. Os dados apontam que o número de candidatas mulheres é maior do que o de homens: 2.431.413 contra 1.477.414.
A participação no Enem é voluntária. O exame é usado como critério de seleção para concessão de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e em processos seletivos de algumas instituições de ensino superior .
A prova é composta por 63 questões de múltipla escolha e uma redação. Os candidatos terão cinco horas para realizar o exame, que será aplicado em todo o país no dia 31, às 13h.
Os locais de prova já estão disponíveis para consulta na internet, no endereço www.inep.gov.br.